Sobre um pouco de socialização elétrica

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Impossível, é não regozijar por fazer parte de um grupo de pessoas apaixonadas pelo que fazem.

Sexta-feira (03/04) pela manhã, a Professora Doutora Engenheira Maria da Guia da Silva veio parabenizar-me pelo trabalho que eu e um grupo de amigos fizemos para recepcionar os novos alunos do curso de Engenharia Elétrica. Acreditem que foi possível juntar pessoas de graduação e de doutorado para dizer que a única forma de melhorar o curso de engenharia é melhorar primeiro a si mesmo e, só depois, motivar outras pessoas com o exemplo. Um pensamento essencialmente cristão em um meio onde questiona-se até a existência de Deus.

Talvez a dificuldade das disciplinas de forte base matemática seja um dos motivos que impediram que outros movimentos deste tipo acontecessem (eu, por exemplo, não conheci ninguém de fora do meu período por quase um ano). A verdade é que ao chegar na UFMA, o calouro de engenharia se depara com uma situação de abandono e tem que estudar cadeiras de cálculo, física e programação que mal se entende a utilidade. Por mais que um professor diga que a sua disciplina seja importante, é um pouco complicado de aceitar, uma vez que ele vive daquilo e deve, obviamente, achar que é a coisa mais importante do curso. Para que o conselho do professor surta real efeito, é necessário que os iniciados no mundo da Elétrica observem alguns problemas que sejam solucionados com as ferramentas que ele vai aprendendo durante o curso. A forma mais rápida de fazer estes novos alunos terem contato com problemas de engenharia, a meu ver, é através de um laboratório de pesquisa. Tendo isto em mente, fiz uma apresentação motivacional cujo título era “Por que entrar em um laboratório de pesquisa?” e outra sobre o Laboratório de Processamento da Informação Biológica (PIB) [1], onde trabalho. Além das minhas apresentações, outros alunos do curso falaram de suas respectivas áreas de atuação. O que me deixou mais inspirado foi ver como as outras pessoas também amam o que fazem. De técnicas para análise estatística da confiabilidade de sistemas elétricos [2] à programas de auxílio ao diagnóstico médico implementados em celulares [3], passando pelo projeto de geração de energia para a Ilha dos Lençóis [4], eu pude ver como a universidade tem a oferecer de ciência e tecnologia para a sociedade, se puder contar com as pessoas certas.

Estão todos de parabéns. Eu espero que nosso trabalho estimule outras pessoas a se apaixonarem e se dedicarem pela Engenharia Elétrica.

Sobre os professores responsáveis pelos projetos citados:

[1] Allan Kardec Barros

[2] Maria da Guia da Silva

[3] Denivaldo Lopes

[4] Osvaldo Saavedra, Luiz Antonio Ribeiro, José Gomes

2 Responses to “Sobre um pouco de socialização elétrica”

  1. arthursantana Says:

    Você já falou, agora falo eu:
    nossa,
    dê as minhas saudações ao revisor do seu texto!
    abismal!

  2. edersantana Says:

    Arthur,

    Tu esqueceste de pedir “dá licença”.

    []’s

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